quarta-feira, 4 de junho de 2014

Liveman - Quando nossas maiores decepções vieram de nossos melhores amigos.


Bem... ultimamente eu tenho passado um momento muito delicado da minha vida emocional. Eu e um amigo MUITO querido mesmo, mas, QUERIDO no grau superlativo, estamos brigados. Do nada, nós rompemos a amizade e isso tem me causado uma dor enorme no meu peito. E confesso para vocês o seguinte: assistir Liveman foi massacrante para mim, pois a situação apresentada ali é a mesma para qual eu estou passando.

Liveman conta a história de traição, renegação, decepção e muito sofrimento. Três jovens estudantes de uma prestigiada Acadêmia Espacial renegam sua natureza humana e viajam ao espaço com o Dr. Bias do Império Volt para serem cientistas que desejam extinguir a humanidade e resgatar a natureza do nosso planeta. Ou seja, para salvar o planeta, os seres humanos deveriam ser extintos. Segundo a concepção do Império Volt, os humanos são a escória dos seres vivos (o que não deixa de ser verdade) e eliminá-los seria a salvação do Planeta (embora os próprios vilões de Volt admitirem que nunca pararam para analisar as belezas do nosso planeta).
Como já falei uma vez, Liveman conta a história da evolução dos vilões (no caso, o trio Mazenda, Obular e Kemp). Nossos heróis são meros coadjuvantes dessa estória toda. Nossos vilões eram amigos dos heróis. E eles simplesmente os traíram. Chuvas de decepções vieram uma atrás da outra. Lágrimas rolaram e o ódio floriu. E assim, passamos a série inteira acompanhando as superações dos heróis com as muitas decepções que seus ex-amigos lhes deram.
Temos um início promissor. Uma dupla de episódios iniciais recheados de genocídio e uma violência que eu achei meio que exagerada foram o estopim para o que a série nos mostraria. Percebendo o erro, parece que a equipe de roteiristas resolveu apresentar, do terceiro episódio até o episódio 14, episódios com tramas leves que, em muitas vezes, chegava a ofender a inteligência do telespectador (vide aqueles episódios do dinossauro, que é uma aberração). Mas, do episódio 15 em diante o que vemos é uma série que explora ao extremo a tensão do telespectador. com alta dose de dramaticidade e emoção. Do episódio 15 em diante, o que vimos em Liveman é uma rede que é lançada e você fica preso nela e fica agoniado com o que nos é apresentado.
Passamos a série toda torcendo pela regeneração dos vilões. A série foi delicadamente escrita de um jeito que vocês não pegassem ódio dos vilões e que torcesse por eles. O que vemos ali não é uma luta pela vingança. Embora os heróis falam de "vingança", a vingança que eles queriam praticar é, na verdade, um ato (desesperado, diga-se de passagem) de fazer com que o trio de renegados reconheçam suas falhas e suas humanidades e voltem a fazer o bem. Temos muitas cenas tocantes, embaladas com músicas que complementam as cenas, onde o desespero dos heróis se confrontam com a frieza do trio.
Vemos em Liveman também uma série com ótimos personagens, que foram bem explorados. Só achei desnecessário a entrada do Tetsuya e do Junichi. Admito que EU percebi que o Junichi teve uma participação mais ativa que o Tetsuya, mas mesmo assim, a entrada dos dois me deu uma conotação desnecessária. Ou seja, não acrescentaram em nada para a trama. Teve também o mal aproveitamento de personagens como Guilti e Butchi. Guilti então, é um exemplo de personagem mal aproveitado. Ele chegou botando moral, mas acabou se tornando um mero figurante. E sumiu da série daquela forma grotesca.
Um dos maiores charmes de Liveman é o fato da série ter uma trilha sonora agradável, destacando o tema da Megumi e o tema de abertura. O visual dos vilões e dos heróis é algo bacana de se ver. Cenas lindas e bem coreografadas permeavam a série.
Enfim, Liveman tirou o posto de Dekaranger e se tornou um dos meus sentais favoritos. Ele está no meu ranking de número 4 (perdendo apenas para Boukenger, Turboranger e Kakuranger). Ou seja, não se deixem impressionar pelos episódios iniciais. A série vai te surpreender e MUITO e com certeza vocês vão colocá-la nos seus favoritos também. E, do mesmo modo que a série me ensinou que eu devo esperar um tempo certo para a reconciliação com o meu amigo, vocês vão aprender alguma coisa com a série. SUPER LIVE CRASH!!!!

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