Bem, mais um sentai concluído!
Foram 10 dias de pura adrenalina, assistindo em média, 5 por dia... Dekaranger
foi o sentai de 2004. Muitas pessoas o veneram. E eu não tiro a razão.
Episódios
Dekaranger é um sentai técnicamente perfeito. Roteiro sério, com dose de humor
escassa (mas, existente), e cenas de ação grandiosas. À medida que eu assistia
os episódios, via em Dekaranger a
essência de Winspector e Cybercops ali. Pode ser exagerada essa minha
comparação? Pode ser! Mas, prestem a atenção! Em Dekaranger, são policiais
coloridos com armas espetaculares (Cybercops) que passam a cada dia prendendo e
deletando bandidos, as vezes, fazendo missões de resgate, sem um grupo do mal
no qual os heróis podem combater (Winspector). Entenderam o porquê de eu
comparar Dekaranger com essas duas sérias? Vai ver que, é por isso que a série
é tão querida e venerada pelo público brasileiro, por ela manter a essência de
dois tokus clássicos da nossa época. Agora, vamos falar da série em si. Dekaranger,
como falei, é uma série tecnicamente perfeita. Ótimo design (principalmente no
modo S.W.A.T.), armas maravilhosas, uma história sublime e trilha sonora
espetacular (principalmente as BGMs). Quem me conhece sabe que o meu
conhecimento sobre Super Sentai é limitado. Não conheço se têm outros sentais
PRÉ-Dekaranger que fizeram isso, mas, para mim, é novidade um sentai não ter um
grupo do mal. Para mim, isso fugiu da mesmice, dando um ar inovador. Outra
coisa que eu achei inovadora (dos sentais que eu vi) foi o fato dos alienezers
não crescerem após levarem uma “Murphy-bazooka”. E os monstros que “ficam gigantes”
não usarem a mesma aparência de quando eram pequenos. Por que o “ficam
gigantes” está entre aspas? Bem... Percebi em Dekaranger, uma tentativa, MUITO
bem sucedida, por sinal, de resgatarem a idéia inicial de Goggle Five de
fazerem robôs gigantes diferentes dos monstros pequenos que, quando são
derrotados, não são aumentados. Não sei se outros Sentais entre Goggle Five e
Dekaranger usaram essa tática, mas, eu achei essa sacada usada em Dekaranger
muito bem aplicada e fugiu do convencional. Aliás, eu achei geniais as sacadas
usadas em Dekaranger. Mas algumas coisas as pessoas podem estranhar. Por
exemplo. Achei meio forçado colocarem 9 Dekas na série (ainda bem que três
tiveram pouca participação em combate...). Outra coisa que não gostei foram as
duas canções temas (opening e ending). Achei-as cansativas e sem animação
nenhuma. A de encerramento então... achei bem entediante. Mas as BGMs são
realmente maravilhosas. Me lembraram bastante temas de animação japonesa,
principalmente as de temas shojos. Os roteiristas souberam dosar muito bem
drama, suspense e humor. Um dos episódios mais dramáticos de super sentais que
já vi na vida está nessa série, no caso, o 37. Percebi também uma tentativa de
levar uma leve dose de erotismo na série, com os constantes banhos da Umeko e
os movimentos sensuais de Jasmin (principalmente na dança do ending). Uma das
coisas mais cansativas, e que podem irritar os telespectadores que se irritaram
ao assistirem a trilogia dos Uchu Keijis é a presença de um narrador falando os
mesmos fatos episódio após episódio. Eu acho que, umas 4 ou 5 vezes já basta.
Achei desnecessário repetir vez após vez que “quando Sem-chan planta bananeira,
é uma posição de meditação, que o ajuda a resolver alguns casos” e que “Jasmine
é uma ESPer com o poder de sentir o que as pessoas fizeram em um momento
passado”. E foi assim até o final da série. Os personagens foram bem construídos.
Uma coisa que me alertaram sobre personagens é a respeito do Ban. Muitas
pessoas falaram que ele é chato, que grita muito e não tem postura de “Red”. A
pergunta é: Qual o conceito que o povo tem sobre ser “Red”? Líder? Machão? Na
minha mais modesta opinião, se guiar no Change Dragon ou Red Flash como
conceito de “Red” soa como uma armadilha. Afinal, antes dele tiveram alguns “Reds”
e depois deles também. Para mim, em muitos casos, o conceito de Red não precisa
necessariamente seguir o “padrão” de ser líder. Mas o fato de ser o personagem
principal da história (vide o Ninja Red, que é o principal, mas é um
subordinado da Ninja White). E com Dekaranger não foi diferente. O líder era o
Deka Blue e o Deka Red foi o subordinado. Para mim, Ban foi um EXCELENTE Red,
digno da cor que vestiu. De imaturo no início para um ousado policial no meio e
um honrado herói no final. Eu gosto de “Reds” que respeitam essa seqüência do
início, meio e fim: imaturo, ousado e honrado. Aqueles Reds “certinhos” demais,
que tomam a liderança cedo, que gostam de fazer poses de “machões” e de “mandões”
me irritam profundamente (por que vocês acham que DETESTO Change Dragon e Red
Flash?? :p ). Gosto de heróis que amadurecem no decorrer da série. Que evoluem
e aprendam com seus erros. Afinal, nós não buscamos aprender algo com nossos
heróis? Coisa que o Ban tem de sobra. Eu admito. O Ban foi o meu Deka favorito.
Garrei amores por ele do início ao fim. Outra personagem muito bem trabalhada
foi a Jasmine. Eu gostava do jeito em que ela trabalhava com a Umeko. Foi uma
policial que consegue passar seriedade e carisma e a atriz (a melhor do elenco)
foi muito bem. Os dramas vividos por ela foram bem trabalhados. Na MINHA
opinião, a Umeko foi a “pior” personagem. Não passou credibilidade e seriedade
uma policial fazendo voz de criança. Afinal, por ela ser uma autoridade, tem
que passar idéia de seriedade e postura numa conduta correta. Mas, fora isso,
Dekaranger é uma série MUITO fácil de assistir e é altamente recomendada. Vocês
vão mergulhar em aventuras de resgate e perseguição de tirar o fôlego.
EMERGENCY! FACE ON!
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