segunda-feira, 7 de julho de 2014

Os cinco melhores Tokusatsus que passaram no Brasil

Ao ter meu primeiro contato com um Tokusatsu, no caso, Spectraman, começou uma paixão sem limites com as aventuras dos heróis japoneses, que vai além de qualquer compreensão. Tornei-me um fã das mais variadas séries, de todas as épocas e estilos. Não tenho aqui o intuito de endeusar ou criticar qualquer uma delas, apenas dar minha visão sobre aquelas que passaram aqui no Brasil naquele grande “boom” do final dos anos 80, começo dos 90. Gostaria de falar de cinco séries que mais me passaram emoção e que tem um lugar especial nas minhas memórias. Talvez já conhecemos essas séries demais e meu intuito não é o de apontar  quais são as melhores, nem sequer forçar como uma lista definitiva, mas de saber que no meio de tanto material que veio para nós, algumas para mim se destacaram mais que outras. Façam suas listas, estejam à vontade! Vamos começar!


Jaspion
Jaspion é praticamente unanimidade quando se fala em preferência de tokusatsus que passaram no Brasil. Conheço pouca gente que não aprecia, ou que não tenha visto a série completa. Jaspion foi o motivo de me fazer voltar correndo da escola quase todos os dias quando estava na primeira série e esperar com grande ansiedade que suas aventuras começassem. Difícil não se emocionar com a música de abertura, a introdução do gigantesco monstro com chifres soltando fogo pela boca e a chamada da série.  Jaspion, a meu ver é uma série cheia de qualidades, superiores aos Metal Heroes anteriores ( a trilogia dos policiais do Espaço com Gaban, Sharivan e Shaider. Falaremos sobre cada um dele mais para frente) como por exemplo, as boas lutas, transformações, os inimigos que eram muito bem elaborados, como o temível Macgaren e o seu pai Satan Goss que “ tem o poder de enfurecer os seres e transformar em monstros incontroláveis”  e as  bruxas galáticas Kilza e sua irmã Kilmaza.  Provavelmente a melhor luta do nosso guerreiro tenha sido contra Zampa, o andróide responsável pela morte de seus pais, trazendo muita comoção. Creio que o grande ponto evolutivo de Jaspion, além dos citados, tenha sido a aparição do Gigante Guerreiro Daileon, a grande nave que transportava Jaspion e Anri, sua ajudante. Tente não se emocionar e cantar, mesmo que errado, o tema do robozão! Por meio de Jaspion, começou uma febre sem precedentes, incluindo circos, chicletes, revistas em quadrinhos, máscaras, bonecos, chaveiros, enfim, qualquer coisa que se podia comerciar com o seu nome, sem contar a altíssima audiência, surpreendente para a época. Jaspion é um ícone, sinônimo de herói nipônico. Junto com ele, vieram muitas outras séries, sendo ele responsável direto por esse fenômeno toku aqui no Brasil.


Jiraya, o incrível ninja
Ah, aqui está um herói da família dos Metal Heroes que tem sua essência diferente dos anteriores, pois Jiraya não possuía poderes, mas contava com o treinamento milenar ninja e um carisma fora do comum para enfrentar Dokusai e a família dos feiticeiros, além dos inúmeros inimigos que apareciam para desafiá-lo, sendo um deles Kannin Dragon, o ninja que pratica a arte de luta do bêbado , num dos mais sensacionais episódios da série. Kannin Dragon SIMPLESMENTE estraçalha Toha, porém, ele consegue dar a volta por cima, com o lindíssimo upgrade que recebe em sua armadura que incluem: as ombreiras, viseiras, o protetor do pescoço, as joelheiras, as proteções no antebraço e a pistola Olimpic Laser. Jiraya literalmente cresce como herói, rendendo boas tramas. Quando digo em carisma da série, falo de Takumi Tatsui, possivelmente a simpatia em pessoa, vindo em diversos eventos aqui no Brasil, tirando fotos com fãs e distribuindo sorrisos. Provavelmente em novembro desse ano estará de volta. Mais uma oportunidade para ver de perto essa lenda.

Metalder
Metalder foi feito com o intuito de conquistar um público mais velho, com uma trama muito mais elaborada e madura que as feitas anteriormente, pelo menos na franquia dos Metal Heroes, o que de fato me agrada muito.  A série em si tem um clima muito melancólico e depressivo, onde temos a história de uma arma fantástica para ser usada na Segunda Guerra Mundial, no caso um andróide construído pelo Dr Koga. Porém com o fim da guerra e com a rendição japonesa, essa arma ficou abandonada, até que em dias atuais o Doutor Koga o ressuscita com o intuito de deter a terrível ameaça do Imperador Neroz. Antes de ser morto pelos homens de Neroz, Dr Koga aciona Metalder, que fora criado com a aparência e memórias de seu falecido filho, Hideki. Logo de cara, na sua primeira batalha,  Metalder  vê o doutor morto; estando confuso e ainda não totalmente consciente de suas habilidades, quase morre. Ao conseguir fugir, começa uma batalha de adaptação com o mundo ao seu redor além de perguntas e questionamentos sobre sua real personalidade, enquanto vai enfrentando as ameaças de Neroz. O roteiro da série é cheio de reviravoltas e momentos tensos, onde Metalder realmente sofre muito para enfrentar e vencer seus inimigos. Metalder tem um dos finais mais tristes e tensos num tokusatsu, te levando a possíveis lágrimas. Assisti novamente a série há pouco tempo e posso dizer que se trata de uma verdadeira obra de arte, com ótima trilha sonora, além de ser uma bela homenagem ao visual de Kikaider. Uma pena que foi completamente desfigurado em VR Troopers, numa das mais picaretas adaptações já feitas pela querida Saban. Esqueça tudo isso e assista Metalder e se surpreenda.

Cybercops, os policiais do Futuro
Uma série muito boa, porém, assim como tantas outras, nunca teve seu final exibido aqui no Brasil. Cybercops teve uma produção precária, mas estava cheia de histórias marcantes e personagens fortes e bem interpretados, além de boa ação. Creio que com um melhor trabalho e desenvolvimento tecnológico, Cybercops teria sido bem melhor do que foi. Facilmente é uma das melhores séries que passaram no Brasil e uma das melhores feitas nos anos 80 e seria realmente sensacional um remake nos dias atuais.


Kamen Rider Black
Kamen Rider Black é uma série fantástica, que veio após um breve hiato de aproximadamente seis anos na franquia. O clima sombrio, com roteiro forte, mostra a luta de Kotaro Minami ( Issamu Minami aqui no Brasil) contra os Gorgons e a luta desesperada para recuperar seu irmão, que agora havia se tornado Shadow Moon. Kamen Rider Black é sinônimo de discussão entre os fãs de Tokusatsu ondemuitos consideram Black como o melhor Rider já feito, não levando em conta as séries que passaram antes nem sequer as muitas que passaram depois dele. O fato dessa eterna discussão causa-me certo desconforto e por diversas vezes já me isolei de grupos de tokusatsu, justamente para fugir desse clima hostil. Mas acima de tudo, como fã da franquia de Kamen Rider, vejo em Black coisas muito boas. Primeiramente, foi impactante para mim, quando criança, ver sua forma de lutar, sua força e agilidade, e a coragem de Issamu, mesmo sem estar transformado. Acho sensacional e incrível todo o seu esforço para vencer seus desafios e proteger aqueles que são importantes para ele, mesmo que lhe custe grande sacrifício ou mesmo a vida. Issamu passa a imagem de ser o herói o tempo todo. Tetsuo Kurata não é um ator tão talentoso como outros que vemos, mas é carismático e passou muito isso em seu personagem, chegando a cantar até o tema de abertura. Tenho Black como um dos meus Riders favoritos e admito que além dele, existem muitos outros tão bons e melhores que ele. Ser um fã da série e ter saudade ou sentir nostalgia não é errado, muito pelo contrário. O que é errado é permanecer em ignorância e procurar em todas as séries o que só Black tinha o que não é aceitável, visto que cada série é única. Mesmo com todas as guerras de fãs, Black é muito bom, vale muito à pena assistir.

E para você, consegue fazer seu top cinco das melhores séries que passaram aqui no Brasil?


Abraços!

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