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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Pai da Criança - Osamu Tezuka

 
Como bom fã do universo japa, em minhas andanças pela net(e em eventos também), sempre acabo ouvindo aquelas briguinhas imbecis do tipo "mangá/ anime tal é melhor do que o outro", "Fulano é um gênio do mangá", e a que mais me irrita, "Fulano é um MESTRE dos mangás". Graças a essa tristeza gerada por "otacos" espalhados pelo mundo, o Pai da Criança de hoje é para homenagear e, talvez, apresentar O MESTRE, O PAI, O DEUS DO MANGÁ, o eterno Osamu Tezuka, para esse bando de pirralhos fedendo a muppy a nova geração de fãs de anime/ mangá.
PS: Não estou dizendo que não existam outros autores geniais no mangá, só que a grande maioria, são autores de um título só, e/ou, geralmente, vivem dos últimos suspiros glória de obras passadas, não é mesmo Kurumada?
Em 3 de novembro de 1928 nascia o jovem que revolucionaria o universo do mangá, e diria mais, dos quadrinhos de um modo mundial, Osamu Tezuka desde pequeno mostrava-se um rapaz muito inventivo, sempre criando seus próprios mangás, inspirados por histórias contadas por sua mãe, além de teatro, cinema e, é claro, de sua maior inspiração, os desenhos animados dos anos 30 e 40 (principalmente os de Walt Disney), que ele assistia no projetor de seu pai. Essas influencias eram tão grandes que, são bastante notadas em seus trabalhos. Infelizmente, Tezuka, como a maioria dos gênios, tinha dificuldade em conseguir amigos quando criança, principalmente por ser mais baixo e com cabelos ondulados, Tekuza era tão impar que até fisicamente era diferente dos outros(e todo mundo sabe como japonês "ama" o diferente não é?). Mas no fim das contas ele até se saiu bem, entrando em clubes de história, geografia, musica, e, fundou o seu próprio sobre uma de suas paixões, os insetos.
Ainda na infância, conheceu os horrores e dificuldades da guerra, quando, com 11 anos, começou a trabalhar em fabricas. Nessa época, suas idéias, valores e sonhos, sempre presentes em suas obras, começaram a se desenvolver fortemente no rapaz. Com 17, inicia a faculdade de medicina  e, paralelamente, começou, a fazer tirinhas de jornal e a o desenvolver seu traço de desenho, narrativa e roteiro, influenciado também pelos quadrinhos americanos, inventando assim, a principal característica e a assinatura dos mangás: personagens magros e com olhos grandes e expressivos.
Pouco depois do fim da Segunda Guerra Mundial, Tekuza consegue emplacar seu primeiro sucesso em mangá, Shin Takarajima, uma mangá em forma de Storyboards, ganhando assim, notoriedade graças ao seu estilo marcante de traço e roteiros, sempre cheios de esperança e otimismo. Ganhando assim, a oportunidade de publicação de outras de suas obras que fizeram ainda mais sucesso.
Nos anos 50,  tivemos, na minha opinião, a melhor safra de obras de Tezuka, Kimba, o Leão Branco que foi chupetado pelo rei leão , Astro Boy(sim, eu estou usando os títulos conhecidos aqui no Brasil), e o meu amado A Princesa e o Cavaleiro. 
Em 63, um dos grandes sonhos de Tezuka se torna realidade, produziu em seu próprio estúdio, uma animação em série baseada em um dos seus personagens mais famosos, Astro Boy. Essa animação é tão importante que, várias das técnicas utilizadas na produção de animes hoje em dia, foi criada por ele e sua equipe. O sucesso foi tão grande que, no ano seguinte,  a animação foi exportada para os Estados Unidos. 
Aproveitando-se do sucesso internacional de Astro Boy, Tezuka começou a divulgar os quadrinhos japoneses pelo mundo a fora, e acabou fazendo amizade com vários quadrinistas do mundo, entre eles, o Rei dos quadrinhos nacionais, Maurício de Souza(que os outros quadrinistas brazucas me perdoem, mas Maurício de Souza é Maurício de Souza), com quem, tinha vários projetos, um deles, lançado recentemente, um encontro entre os personagens dos 2 artistas.
Infelizmente, em fevereiro de 89, Tezuka morre vitima de um câncer, deixando sua esposa, filhos e milhões de fãs Órfãos de sua genialidade e sua eterna esperança num futuro melhor. A maior das tristezas é que, a maioria esmagadora de suas obras, nunca foram publicadas por aqui, mas quem sabe alguma editora não manifesta interesse em trazê-las pra cá? Bem, Tezuka mostrou que sempre deve se sonhar e ter otimismo.
Bem cambada, é isso. Espero que tenham gostado e, por favor, complementem com mais informações nos comentários, ou nos ofenda, o importante é participar.

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